Material
Mural de poemas da Oficina 11
Coletânea de poemas
Nesta oficina os alunos vão escrever um poema coletivamente.
Este “ensaio geral” irá ajudá-los a resgatar o que foi observado e a organizar uma síntese dos recursos aprendidos nas oficinas anteriores.
A troca de informações entre estudantes de uma mesma turma permite que aqueles que estão em estágio mais avançado do conhecimento auxiliem o processo de aprendizagem dos demais e o seu próprio, pois quem ensina sempre aprende.
1ª - etapa
Um passeio pelas oficinas
Observando o mural de poemas.
O que aprenderam até aqui?
Retomando a aprendizagem
Quadro-resumo no quadro de giz do que foi realizado ao longo das oficinas:
- Audição e leitura de vários poemas.
- Aprendizagem do significado de várias palavras: poema, poesia, poeta, verso, estrofe, estilo, tema, figuras, denotação, conotação, aliteração.
- Descoberta de que o poema pode falar dos mais diversos assuntos.
- Ocupação, pelo poema, do espaço da folha de papel; ritmo regular ou irregular; repetições de palavras e de versos; paralelismo ou repetição da mesma construção sintática.
- O emprego da linguagem, pelo poema, é feito de maneira diferente do que fazemos no dia a dia.
- Figuras de linguagem: comparação, metáfora e personificação.
- Contribuição desses recursos para o sentido do poema – um passo fundamental para compreender e interpretar o texto.
Atividades
2ª - etapa
O poema coletivo:
Questões para serem avaliadas pela turma:
- O lugar onde vivemos é realmente assim?
- Será que não estamos nos esquecendo de coisas importantes?
- Cuide, por outro lado, para não caírem no extremo oposto: não estamos falando de um número excessivo de aspectos?
- O assunto está bem delimitado?
- Começara compor o poema de acordo com o que ficou combinado.
Pedi que escolhessem um aluno para escrever na lousa o que a turma ia ditando. Para ficar com mais liberdade para questionar sobre a escrita, estrutura textual e demais fuguras aprendidas nas oficinas. E assim também poder circular livremente entre as carteiras que estavam formadas em circulo.Escrevemos na lousa os versos criados em conjunto. Quando faltava uma rima sugeria que procurassem ler a coletânea onde poderiam encontrar alguma boa sugestão ou indicava um dos alunos para dar uma olhada no mural poético da sala ou na "nossa coleção de rimas. O envolvimento foi muito bom, com exceção dos mais tímidos e quietinhos que precisei questionar para que se manifestassem. Os que têm mais facilidades logo falam um verso inteiro e sugerem uma figura de linguagem. As vezes peço para que não respondam para dar oportunidade para os mais calados e procurar ajudá-los a vencer seus bloqueios. Depois que terminamos e corrigimos o poema conjunto, cada um copiou no seu caderno e decorou com desenhos e recortes.
NOSSSO TEXTO COLETIVO:
Eis aqui, belezas sem fim...
Eis aqui, uma cidade alegre e gentil
Uma das mais belas do Brasil!
Eis aqui, os mais belos campos, os Campos do Quiriri,
onde eu sempre corri e vivi.
Acompanhando o voo do bem-te-ví
Que sempre voa por aqui.
Eis ali, a cascata chorando
E o sol iluminando
Para um raio de sol bater
E em uma explosão
Vejo um arco-irís aparecer!
Eis aqui, a gralha azul
Que vai plantando o pinhão
Para melhorar o cultivo do chão
Para o rebanho sustentar
E a família alimentar
Para um sonho realizar
Eis ai, as abelhas que aqui fabricam o mel
Com sua colméia voando pelo céu
Em busca do néctar da flor
espalhando seu sabor
Por tantas belezas que não chegam ao fim
Ei! E ai? Você gostou?
Então conta mais uma pra mim!
Autores: alunos do 5o ano vespertino
As crianças criaram este poema com muita animação e facilidade, auxiliados por minhas intervenções, mas praticamente o costruiram sozinhos. Como já comentei existe na turma alguns que possuem muita facilidade para criar rimas e versos. Amei mais uma vez o texto das crianças, que me perdoem os autores renomados, mas fico emocionada com os poemas da turma porque os vejo nascerem. É como um parto, um filho que vem à luz, a gente se apaixona. Os conteúdos aprendidos nas oficinas foram refletidos e alguns utilizados com conhecimento.
Quando criaram o verso: "Eis ali, a cascata chorando" perguntei:- a cascata chorando? Responderam: _ Sim professora, caindo a água como uma lágrima.
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