terça-feira, 10 de agosto de 2010

OFICINA 2

Oficina 2: O que faz um poema 

 Amigos

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Objetivo
                                                                                  

Conhecer e sistematizar informações sobre as características de um poema: versos, estrofes, rimas, repetição, ritmo.
Identificar questões polêmicas.
Reconhecer bons argumentos.
Escolher ou formular uma questão polêmica.

Analisando os poemas do mural da sala de aula

Para iniciar as questões preparei fichas de leituras com pequenos textos variados como uma notícia de jornal, uma receita de brigadeiro, um texto informativo, uma tirinha em quadrinhos e a poesia: "Tem tudo a ver". E dividi a turma em 5 grupos onde cada grupo leu para a turma e descreveu a forma estrutural de como os textos eram escritos, fui anotando no quadro de giz e os alunos copiando no caderno. Depois confrontamos os textos e suas diferenças estruturais.
 
A turma não teve dificuldades para reconhecer as estruturas de um texto poético pois já tivemos outras atividades sobre o assunto
 
Para re forçar a compreensão da estrutura do texto poético imprimi o texto em letras grande numa cartolina e recortei com a turma e colamos num papel craft discutindo os versos, estrofes e rimas
 
 
Tem tudo a ver
 
A poesia                                                   
tem tudo a ver
com tua dor e alegrias,
com as cores, as formas, os cheiros,
os sabores e a música                                        
do mundo.

A poesia                                                              
tem tudo a ver
com o sorriso da criança,                                              
o diálogo dos namorados,
as lágrimas diante da morte,
os olhos pedindo pão.

A poesia
tem tudo a ver
com a plumagem, o voo,
e o canto dos pássaros,
a veloz acrobacia dos peixes,
as cores todas do arco-íris,
o ritmo dos rios e cachoeiras,
o brilho da lua, do sol e das estrelas,
a explosão em verde, em flores e frutos.

A poesia
é só abrir os olhos e ver —
tem tudo a ver
com tudo.

Elias José, in: Segredinhos de amor.
2ª- ed. São Paulo, Moderna, 2002.


Poetas da escola


Depois de analisar os diferentes textos das fichas que selecionei para os grupos, iniciei os trabalhos de reconhecimento de um texto poetico com atividades no caderno com copia de alguns poemas e respondendo questões sobre o assunto pintando estrofes com cores diferentes, circulando rimas, etc

Ouvindo as poesias do CD, e projetando com o datashow e questionando com perguntas como:


Do que tratam os poemas?
Por que escolheram esses poemas?
Como sabem que são poemas?
Por que são diferentes de uma notícia de jornal, de uma receita de bolo, de uma lista de supermercado, de um verbete de dicionário? Ou de um conto?
Como eles se organizam no papel?
Eles preenchem todo o espaço das linhas, da margem esquerda à direita?
Há linhas em branco entre os versos?
Há sons que se repetem? E construções?
Há palavras ou expressões que, mesmo distanciadas dentro do texto, podem ser associadas, por terem semelhança sonora ou figurarem em construções iguais?

Relacionei as observações que fizerem com aquela conversa da
1ª- etapa da oficina anterior. Será que perceberam as características
que constituem um poema.

Como eu havia participado da Olimpiada da Língua Portuguesa anterior, já trabalhei antes desta oficina com textos poéticos. E como sou apaixonada por poesias a maioria da turma gosta deste tipo de texto. E realizar a sequência de atividades é muito válido para aprimorar os conteúdos que são muito bem  elaborados, para melhorar a minha prática e auxiliar aqueles que ainda não dominam a estrutura e escrita do poema.

"Procure mostrar-lhes que, para o autor, a poesia é viva, dinâmica, e pode falar de pessoas, de animais, de objetos, de acontecimentos de tudo. Algumas pessoas acham que a função da poesia é cantar amores ou mágoas. Mas, na verdade, a poesia pode falar de qualquer assunto. Como diz Elias José, “a poesia tem
tudo a ver com tudo”. Comprove essa afirmação mostrando aos alunos a diversidade de temas presentes nos poemas afixados no mural."OLP

POESIA TEM TUDO A VER COM:

A escrita dos alunos sobre a poesia tem tudo a ver, estará no próximo post


PARALELISMO SINTÁTICO:

A sintaxe de uma língua remete ao modo como as palavras se
combinam para formar expressões ou frases. Nos poemas, costuma
ser empregado o PARALELISMO SINTÁTICO: uma mesma construção
se repete ao longo do texto. Por exemplo, observe abaixo, na estrofe
do poema “Convite”, que um tipo de construção se repete nos versos
assinalados com a escrita itálico e outro tipo é retomado nos versos marcados
com grifo em negrito:
 
Como a água do rio


que é água sempre nova.

Como cada dia

que é sempre um novo dia.


Note mais um exemplo de paralelismo em “Tudo a ver”:

A poesia

tem tudo a ver [...]

com as cores, as formas, os cheiros , [...]

com a plumagem, o voo,
 
Para trabalhar o paralelismo sintático optei por mostrar às crianças no próprio blog, onde lemos e discutimos todos juntos o que foi entendido e as crianças escreveram com suas próprias palavras o que compreenderam do assunto. Primeiro acharam a palavra muito dificil de pronunciar e lembrar. Depois pronunciando mais vezes e escrevendo no word começaram a  familiarizar-se com o termo. O conceito foi um pouco mais dificil por isso trouxe mais alguns exemplos que pesquisamos na internet, pois eu mesma não lembrava mais.

E para aprofundar ainda mais fomos ler alguns poemas da coletânea.

A vida tem mais emoção!
Dizem que se comer cebolinha fica magrinho
Dizem que se comer feijão fica igual a um balão
Franciele Linzmeyer

Com felicidade
Com animação
a vida fica igual a um pião
Samara Taciana Schloege

O tatu é danadinho
O tatu é preguiçoso
e fica dormindo no ninho
feito espinho

O tatu cava o buraco
quando sai está no Salto!
igual asfalto
Regiane Godóis

Como posso nadar
Se não  entrar no rio.
                                                                   E mergulhar no frio
 
Como posso me abaixar
Se não sei se vou me levantar.

Vanessa Bahr


Comer banana
É costume de Copacabana

Comer aipim
É costume pra você e pra mim!
André Biaobock

Minha casa pequenina
Mesmo assim é muito bela

Lá mora uma menina
Que admiro da janela

Minha casa pequenina
fica perto do jardim
A menina rega flores
E vai dar uma pra mim
Jaine Bahr


Gaiola aberta
aberta a janela.
O pássaro desperta
a vida é bela
Coletânea - Marília Ferraz


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